segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Os Anjos, o Homem e os Demônios

Jerusalém era chamado tbm de Jebus.
Mobiliário do Tabernáculo:
No Pátio - Altar do Holocauto, Bacia(mar de bronze)
No lugar Santo - Candelabro de ouro, Mesa para o pão da preposição, Altar do Incenso.
No lugar santíssimo - arca da aliança.


O que é áspide?
Pequena cobra, parecida com uma víbora.


FINALIDADE DA CRIAÇÃO DO HOMEM, E CONCEITOS BÍBLICOS SOBRE: 
· PREDESTINAÇÃO,
· ELEIÇÃO,
· CHAMADA,
· VOCAÇÃO
· ESCOLHA
1 - SÍNTESE BÍBLICA DA CRIAÇÃO
A Bíblia afirma que Deus, o Altíssimo, detém o domínio universal sobre todas as coisas, porque tudo é Dele (Dn 4.2,3; Sl 24.1; 103.19). Ele tudo criou.
Encontramos na Bíblia declarações que levam ao entendimento de que Deus criou primeiro os anjos, ou seja, os seres espirituais, depois criou o Universo (Jó 38.1-7, comp. c/Is 14.12), e entregou aos anjos a guarda de toda criação (compare: Ez 28.12-14; 1.4,24; Hb 1.7; Ap 7.1,2; 8.7-12; 16.1-12; 19.17).
Entretanto, Lúcifer, o querubim que mantinha a guarda do planeta Terra, rebelou-se contra Deus (Is 14.12-16; Ez 28.11-19), e levou após si a terça parte dos anjos, que aderiram à sua rebelião (Ap 12.3,4).
Comparando alguns versículos, podemos compreender que Deus explodiu os astros administrados pelos anjos rebeldes, destruindo as suas moradias (compare: Jd 6; Lc 11.24; 2 Pe 2.4-6). Esta foi a causa do caos terrestre de Gn 1.2.
Juntamente com o impacto da explosão, Deus lançou sobre a Terra os anjos caídos (Ap 12.3,4), estando uma parte deles em prisão no interior da Terra (Jd 6), enquanto os demais encontram-se soltos, sobre a terra (Jó 1.6, 7; 2.1,2), e nas regiões celestiais em derredor (Ef 6.12), constituindo o reino das trevas e o império da morte (Hb 2.14).
Deus não lançou os anjos rebeldes imediatamente no fogo do inferno, porque Ele é um justo Juiz, e decidiu reservá-los para o juízo (1 Co 6.3; Jd 6; Rm 9.22,23; Is 24.21,22; 2 Pe 2.4).
Não que haja alguma esperança de absolvição para os demônios e Satanás, mas para que estes, e todos os exércitos celestiais saibam que não há nenhuma injustiça em Deus, em lançá-los no fogo eterno, porque não quiseram sujeitar-se à Sua soberania, pois o homem JESUS provou com o sacrifício de Si mesmo, que é possível à criatura viver em perfeita obediência e sujeição ao seu Criador (Fp 2.6-8).
Assim, o julgamento de Satanás já foi consumado na cruz do Calvário, por Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus (Jo 12.31; 16.11; Hb 2.14):
Os demais anjos revoltosos serão julgados pelos homens santos, os santos do Altíssimo (Rm 16.20), quando o Senhor lhes entregar o reino (Dn 7.18,21,22; 1 Co 6.3; Ap 20.4).
Naquela ocasião, cumprir-se-á a primeira parte da sentença dada para Satanás: ele será posto em prisão por mil anos (Ap 20.1,2), findos os quais será lançado eternamente no fogo do inferno (Ap 20.10).
Esta foi mais uma, entre as muitas causas porque Deus criou o homem: para compor o Tribunal que julgará os anjos caídos (Dn 7.22; Lc 22.30; Jo 12.31; 16.11; 1 Co 6.3; Ap 20.1-4). E este propósito o Senhor Deus já guardava em seu coração, antes da fundação do mundo (Ef 1.4,9,10,11,20-23).
E é por isto que Ele restaurou a Terra e o espaço cósmico atingido pelo cataclismo (Gn 1.2-25): para entregar ao homem a administração da terra, e o domínio sobre tudo que nela há, e sobre toda a criação animal e vegetal (Gn 1.26-30; 2.19,20; Sl 8.4,6).

A FINALIDADE DA CRIAÇÃO DO HOMEM
A Bíblia diz que o homem foi criado para adorar a Deus (Dt 13.3; Mt 4.10; Lc 1.74,75; 4.8; Jo 4.23,24), e para servi-lo, aqui na terra, e finalmente no céu (Ex 3.12; 4.23; 8.1,20; 9.1; 23.25; Dt 6.13; Jo 12.26; 1 Ts 1.9; Ap 7.14,15; 22.3).
E para que o homem vá servir a Deus nos céus, Deus o transformará num ser espiritual e lhe dará um corpo glorioso para que o homem vá habitar com Ele eternamente (1 Co 15.45-50; 1 Jo 3.1,2; ).
E uma vez transformado num ser espiritual, o homem será superior aos anjos (compare 1 Co 6.3; Hb 1.4; 2.5-17; 2 Pe 3.13; Ef 1.20-23; Ap 3.21; 20.4), e passará a fazer parte eternamente da família de Deus, mediante a adoção de filhos por Jesus Cristo (Ef 1.4,5; 3.14,15; 1 Jo 3.1,2).
E assim adotado na família de Deus, o homem tem a promessa de que verá e participará da glória de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, e com Ele reinará eternamente (Jo 17.24; Ap 3.21). E isto significa que Deus revestirá o homem de grande glória, porque, mediante a adoção de filhos, Deus predestinou o homem a ser co-herdeiro de Cristo, o REI dos Reis e SENHOR dos Senhores. Aquele cujo nome está acima de todo nome, e diante do qual se dobrará todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confessará que Ele é o Senhor, para glória de Deus Pai (Fp 2.9-11). E a Bíblia diz que o homem se assentará juntamente com Ele, no Seu trono, e com Ele reinará (Ap 3.20), aqui na terra, durante um milênio, e finalmente nos céus.
Portanto, a síntese bíblica das maravilhosas promessas que Deus dá ao homem que lhe obedece, é que na eternidade seremos semelhantes a Jesus Cristo , o Filho Unigênito de Deus (1 Jo 3.2), e nos assentaremos com Ele, no seu trono, e reinaremos com Ele sobre a terra por mil anos (Ap 3.21; 5.9,10; 20.4), findos os quais, será estabelecido o juízo, e todos os que se alienaram de Deus serão lançados no fogo (Dn 7.9,10; Ap 20.7-15), e todo o universo, inclusive a terra serão queimados, e desaparecerão com um grande estrondo (2 Pe 3.7, 10, 12), e Deus criará um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1), onde os salvos viverão e reinarão eternamente com Deus, na qualidade de Seus filhos e co-herdeiros de Cristo (Dn 7.13, 14, 18, 22, 26, 27; Ap 21.2-7; 22.5).
A declaração bíblica de que seremos semelhantes a Jesus Cristo e que reinaremos com Ele, indica que a posição exaltada que o diabo ambicionava quando se rebelou (Is 14.14), Deus a concedeu ao homem, pela Sua infinita Graça, e é por isto que o criou à Sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27; 5.1).
Assim, quando comparamos Ez 28.13,14,17 com Gn 2.8-17, podemos enxergar com mais clareza a causa principal por que Deus criou o homem: foi para que ele ocupe o lugar vazio deixado pelos anjos caídos, no seio da família de Deus, bem como na adoração , e no servir ao Senhor (Ap 7.14,15; 22.3-5).
Portanto, a posição exaltada que o diabo ambicionava quando se rebelou (Is 14.14), Deus a concedeu ao homem, pela Sua infinita Graça, e é por isto que o criou à Sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27; 5.1).

2 - PREDESTINAÇÃO
O conceito bíblico de "predestinação", anunciado por Paulo, evidencia claramente, o destino do homem de tornar-se eternamente filho de Deus e co-herdeiro de Cristo.
A palavra " predestinação " só aparece quatro vezes na Bíblia: duas no capítulo oito da epístola de Paulo aos Romanos (Rm 8.29,30), e duas no capítulo primeiro da sua epístola aos Efésios (Ef 1.5,11), sendo que Rm 8.29 e Ef 1.5, bem definem o real significado daquela expressão:
Rm 8.29 - "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos."
Ef 1.5 - "E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade".
Entende-se pelos versículos acima, que a predestinação diz respeito à adoção de filhos para Deus, dentre os homens, os quais deverão primeiro ser transformados na imagem de Jesus (2 Co 3.18), a fim de que Ele seja o primogênito entre muito irmãos.

Em Ef 1.5 , Paulo declara que Deus nos predestinou, "segundo o beneplácito de sua vontade".
Mas o que significa "o beneplácito da vontade de Deus?
Esse mistério também foi revelado a Paulo, e ele o declara nos versículos nove e dez:
Ef 1.9 - "Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o beneplácito, que propusera em Si mesmo,"
.10 - "De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na Dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;"
Quando Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, afirma que Deus "tornará a congregar em Cristo todas as coisas", está nos conduzindo ao entendimento de que houve anteriormente uma desagregação na unidade da criação.
Isto aponta claramente para a rebelião dos anjos caídos, e justifica as revelações bíblicas que ratificam a declaração de que, tudo aquilo que se encontra desagregado da unidade da criação, se desfará consumido pelo fogo, e que Deus criará novo céu e nova terra onde habitará para sempre com os salvos, os quais, antes da fundação do mundo, já estavam predestinados a fazerem parte eternamente da família de Deus, na qualidade de filhos por adoção em Jesus Cristo .
Assim, antes mesmo de criar a terra, Deus já havia determinado a criação do homem, e o predestinado à adoção de filhos semelhantes ao Seu Filho Unigênito Jesus Cristo, e juntamente com Ele, co-herdeiros de todas as coisas.
Entretanto, para que o homem alcance toda a plenitude da filiação com Deus, que é o objetivo principal da sua criação (Ap 21.7; 1 Jo 3.1-3), necessário foi que fosse provado por Deus (Ex 20.20; Dt 8.16; 13.2,3; 1 Cr 29.17; Sl 17.3; 66.10-12; Pv 17.3; Lc 8.13; Dn 11.35; 1 Ts 22.4; Hb 11.17) e tentado pelo diabo (Mt 4.1-11; At 20.19; Tg 1.12; 1 Pe 1.6,7; 2 Pe 2.4-9), a fim de se fortalecer no temor do Senhor (Ef 6.10-12), para que não venha a incorrer na eternidade futura, no mesmo pecado de rebelião dos anjos caídos (I Tm 3.6; 2 Co 11.3).
Na eternidade, o homem será superior aos anjos (compare 1 Co 6.3; Hb 1.4; 2.5-17; 2 Pe 3.13; Ef 1.20-23; Ap 3.21; 20.4).
Mas só ao que vencer, Deus concederá que se assente no trono com o Seu Filho Jesus Cristo, e reine sobre a terra (Ap 3.21; 5.9,10), e viva e reine eternamente com Deus, nos céus (Dn 7.22,27; Ap 21.3-7; 22.5).

Por esta razão, ao criar o homem, Deus entregou-lhe provisoriamente a administração da terra restaurada, a mesma terra que fora administrada pelo príncipe da rebelião (Ez 28.13,14).
Foi exatamente o governo dela que Deus entregou ao homem (Gn 1.27-30).
Mas deu-lhe mandamento para provar-lhe a fidelidade (Gn 2.16,17).
E só os vencedores, aqueles achados fiéis é que participarão da glória de Jesus Cristo (Mt 25.23; Ap 2.10; 3.21; 17.14; 1 Tm 4.10), como filhos eternos, no céu, onde viverão para adorar e servir a Deus por toda eternidade.
Mas Satanás, o maligno, que foi expulso do céu (Lc 10.18; Ap 12.7-9), ainda não perdeu a ambição de querer ser adorado (Mt 4.9-11; Ap 13.4,12).
Este foi um dos motivos que o levou a tentar o homem no Éden (At 26.18; Ap 9.20,21; Lv 17.7; 1 Co 10.20).
Por esta razão, antes que alcance a plenitude do objetivo da sua criação, que é entrar na posse da herança celestial, o homem deverá primeiro ser vitorioso sobre Satanás, no cumprimento da obra que Deus o mandou realizar aqui na terra.
E só depois de estar vitorioso sobre o inimigo, é que o homem será finalmente aprovado por Deus, e levado aos céus para ali alcançar toda a plenitude da filiação com Deus, e a herança eterna reservada para os vencedores.
É por isto que no capítulo sobre a criação (Gn 1), ao término de cada obra criada, encontramos sempre a expressão: "E viu Deus que era bom".
Isto foi dito no primeiro; no segundo; no terceiro; no quarto; e no quinto dia da criação (Gn 1.4,5; 8,10; 12,13; 18,19; 21,23).
Entretanto, no sexto dia, a expressão só é dita com relação à criação dos animais (Gn 1.24,25).
Mas quanto ao homem, Deus não teceu comentário. Apenas deu-lhe as suas instruções (Gn 1.26-30), e submeteu à prova a sua fidelidade quando lhe proibiu comer da árvore da ciência do bem e do mal (Gn 2.15-17). O versículo 31 (Gn 1), nos diz que "... viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom".
Portanto após a criação do homem, o pronunciamento de Deus envolve, não especificamente o homem, mas toda obra criada.
Isto porque o homem ainda iria ser transformado e receber um corpo glorioso à semelhança do corpo de Jesus Cristo em Sua Glória, para viver eternamente nos céus, como filho eterno de Deus.
Mas para alcançar esta privilegiada posição precisava vencer a tentação do maligno (Ap 2 .7; 11; 17; 26-29; 3 .5; 12; 21; 7 .13-17; 12 .11; 21.7; 22 .5).
A vitória do homem sobre Satanás, envolve todos os aspectos ligados à administração da terra (a mesma terra que fora administrada por Satanás, antes da rebelião - Ez 28.13).
É por isto que, quando o Senhor Deus criou o homem, os primeiros mandamentos que lhe deu, foi que ele frutificasse, se multiplicasse sobre a terra e a administrasse (Gn 1.26-28; Sl 8.5-8).
E também deu-lhe mandamento para provar-lhe a fidelidade (Gn 2.16,17), para que vencesse ao diabo nas suas tentações (Gn 4.7).
Entretanto o homem pecou e alienou-se de Deus, submetendo-se ao domínio de Satanás (Jo 8.42-45).
A natureza pecaminosa, tornou o homem vulnerável ao pecado e sujeito ao jugo do maligno.
Mas para desfazer as obras do diabo, o Senhor Deus se fez homem, na pessoa de Jesus Cristo, e foi para a cruz assumindo as nossas culpas e morrendo em nosso lugar, para nos garantir a vida eterna, pela vitória sobre Satanás, o pecado e a morte, abrindo assim para o homem um novo e único caminho de acesso a Deus, mediante a fé em Jesus, pelo conhecimento da verdade.
E pelo Seu imenso poder, o Senhor Deus está trabalhando no homem para restaurá-lo e enxertá-lo em Cristo, a videira verdadeira, (Jo 15.1-5; Rm 11.24), a fim de que o homem receba salvação, e cumpra o eterno propósito de Deus , que o predestinou para torná-lo parte, eternamente, da família de Deus (Ef 1.4,5; 3.14,15; 1 Jo 3.1,2), porque este foi o objetivo principal da sua criação.
E os que pela fé vêm a Cristo, são enxertados na videira verdadeira, e passam a fazer parte de um corpo glorioso chamado de Igreja , que é composta da união de todos os salvos (Mt 16.18; At 2.47; 5.14), formando tal unidade, alegoricamente, um edifício bem ajustado (1 Co 3.9,10; Ef 2.21; 4.15,16), edificado nos ensinamentos de Cristo expressos no Evangelho:
· o alicerce deste edifício que representa a Igreja, são os ensinamentos e doutrinas de Cristo, transmitidos pelos Apóstolos através do Cânon Sagrado do Novo Testamento (Ap 21.14; 2 Pe 3.15,16; Jo 20.30,31; 2 Pe 1.14-18), para o seu crescimento espiritual (Ef 4.11-13; I Tm 2.1,3,4; Jd 17; 2 Pe 3.1-3,17,18; Cl 1.9,10);
· as colunas são as estruturas montadas pelos Apóstolos para o seu governo e crescimento temporal (Gl 2.9,10; At 6.1-7; 4.32,37);
· as pedras que compõem as paredes do edifício, são os discípulos adquiridos mediante a mesma fé ou ensinamento dos Apóstolos (Mt 28.19,20; At 5.42; 1 Pe 2.5; Tt 1.1,4);
· a pedra angular (Mt 21.42), a principal da esquina (1 Pe 2.4,6,7; At 4.11), a que ajusta (Ef 4.15,16), fortalece (Fp 4.13), e sustenta todo o edifício desde o seu alicerce (Ef 5.29b; Hb 1.1-3), é o próprio JESUS que é o cabeça da Igreja (Ef 4.15, 16; 5.23; 1.22,23), aquele que deu a própria vida para resgatá-la da maldição (Gl 3.13), a fim de conceder-lhe a vida eterna (Hb 9.26-28).
E no dia da Sua vinda, que o Senhor Deus determinou no Seu eterno conselho, o Senhor Jesus virá e arrebatará a Igreja para Si mesmo (1 Ts 4.16,17), para que reine com Ele sobre a terra (Ap 2.26,27; 3.21; 5.9,10).
A Bíblia diz que no arrebatamento, os mortos em Cristo serão ressuscitados, e precederão os que estiverem vivos, e todos juntamente serão transformados no mesmo momento, e juntos, num abrir e fechar de olhos, subirão ao encontro dEle nas nuvens (1 Co 15.51-57; 1 Ts 4.16,17), cumprindo assim o eterno propósito de Deus, para o qual estávamos predestinados, de nos tornarmos eternamente filhos de Deus.
Naquele dia haverá um grande cortejo nupcial, e a Igreja, que é chamada a noiva do Cordeiro (Ap 19.7-9), entrará na cidade celestial onde habitará para sempre com o Senhor (Ap 21.2-4), e com Ele reinará.
Desta maneira, podemos entender que a predestinação refere-se diretamente à Igreja, e não individualmente a cada um dos seus membros (Rm 8.29).
A predestinação é para a Igreja em sua totalidade, que é o corpo de Cristo (Ef 1.5, 11, 13, 14, 20-23; 4.15,16; 5. 29b, 30, 32), enquanto que cada crente individualmente é apenas membro deste corpo (1 Co 6.15; 12.12-14,20).
Se no dia do arrebatamento, qualquer um dos membros não estiver preparado para subir (Mt 24.38-41), o corpo de Cristo que é a Igreja invisível, estará pronto e subirá totalmente preenchido ao encontro do noivo amado, não importa a quantidade dos membros que irão ser arrebatados, porque o que importa verdadeiramente, é que eles sejam achados fiéis e que estejam vestidos com trajes de justiça (Ap 19.7).
Portanto o conceito de predestinação diz respeito exclusivamente ao corpo de Cristo, que é a Igreja invisível, da qual só farão parte os que verdadeiramente lavaram as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, e venceram a Satanás, porque não amaram as suas vidas até a morte (Ap 7.14; 12.11).
Nas doutrinas da salvação ensinadas pelo Apóstolo Paulo, encontramos 164 vezes a expressão: "em Cristo Jesus". E na epístola aos Efésios, onde ele claramente disserta sobre a predestinação, está escrito:
Ef 5.25 - "..., como também Cristo amou a Igreja, e a Si mesmo se entregou por ela,"
.26 - "Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,"
.27 - "Para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível."
ortanto, é na Igreja que se cumprirá o eterno propósito de Deus, para o qual estávamos predestinados, de nos tornarmos eternamente filhos de Deus e co-herdeiros de Cristo, o primogênito entre muitos irmãos. 
3 - ELEIÇÃO
A criação de Israel foi o marco inicial das revelações de Deus, objetivando a implantação do seu reino na terra, através do Reino Milenial de Cristo, o Filho Unigênito de Deus, que será Ungido REI dos Reis e SENHOR dos Senhores (Dn 2.39; 7.13,14,18;21,22; 27; Ap 11.15-19; Ap 19.11-21).
Para o estabelecimento do seu reino mundial, faziam-se necessárias medidas prévias, que Deus realizaria em etapas distintas, que tiveram início com a chamada de Abraão, e se estenderam pela Dispensação da Lei e Dispensação da Graça :
1º) Como Ele havia dado o governo da terra aos homens, era necessário que o retomasse como homem. Para isto fazia-se necessário que Ele assumisse um corpo humano à semelhança do nosso (Ap 12.4,5,10,11).
2º) Para se fazer homem, era necessário que elegesse o povo em cuja semente nasceria.
· A eleição de Israel é devida à promessa feita por Deus a Abraão, Isaque e Jacó. Assim, Deus escolheu a Israel, por causa do juramento que fez a Abraão, Isaque e Jacó, e porque é fiel e guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos (Dt 7.7-9), ou seja, Deus escolheu Israel por causa da promessa feita aos pais (Dt 10.15), porque amava os pais (Abraão, Isaque e Jacó) - Dt 4.37, e porque conhecia Abraão e sabia da sua fidelidade para com o Senhor (Ne 9.7,8). Quando Deus fez promessa a Abraão, Isaque ainda não era nascido. Portanto, antes de nascerem Isaque e Jacó já eram eleitos de Deus por causa da promessa. Portanto a eleição deles não dependeu das obras, mas foi um ato da misericórdia e da graça de Deus. Contudo, por causa das suas muitas prevaricações, a eleição de Israel ainda é futura (Is 14.1 - Jr 33.17-26; Rm 9.27)
3º) Dentre o povo escolhido, era necessário que Ele elegesse a família que comporia a linhagem real, em cujo trono sentaria. E é por isto que Deus elegeu a Davi - 1 Rs 11.13. Mas elegeu Davi porque o conhecia e sabia que ele guardaria os mandamentos e os estatutos do Senhor (1 Rs 11.34)
4º) Para implantar a sede do reino, fazia-se necessário também conquistar o território onde ele seria estabelecido, e eleger a cidade onde seria realizado o sacrifício vicário, e que no reino milenial seria a capital do mundo. É por isto que Deus elegeu a Jerusalém (1 Rs 11.32,36). Ele elegeu Jerusalém para por nela o seu nome: 1 Rs 8.43,44,48; 9.3; 11.13.
5º) Para governar, era preciso eleger o seu ministério, que será composto de Sacerdotes Reais escolhidos dentre os homens (Ap 5.9,10), os quais terão os seus corpos transformados em corpo glorioso, à semelhança do Dele (1 Co 15.49-54), para habitarem com Ele na cidade celestial (Ap 21.2-4) que descerá sobre aquela que será a capital do mundo (Zc 14.16-21), e também sentarem com Ele no trono (Ap 3.21; 20.4), a fim de o adorarem, servirem, julgarem os anjos caídos (1 Co 6.3), governarem a terra por mil anos (Ap 5.10), e no final do milênio, entrar na posse eterna do reino dos céus. Assim, Deus nos elegeu para que fôssemos santos e irrepreensíveis (Rm 9.7,8,24,25; para a salvação em santificação do espírito e fé da verdade (II Ts 2.13).
6º) Para transformar seres humanos em Sacerdotes Reais fazia-se necessário que eles fossem libertados da escravidão do pecado e da condenação da morte, e resgatados do poder das trevas, mediante a santificação, para assim se reconciliarem com Deus e passarem a ter vida eterna. (É por isto que o seu nome é Jesus: porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados - Mt 1.21. O nome Jesus significa literalmente: Jeová é salvação. Ele se fez semelhante a nós para tornar-se o nosso sumo sacerdote - Hb 2.6-18
Todas essas conquistas em benefício do homem perdido, foram providenciadas pelo próprio Deus, na pessoa do seu Filho Jesus Cristo, pelo seu sangue vertido na cruz do Calvário, através de morte expiatória, com o qual Ele nos remiu (Mt 26.28; Ef 1.7), para nos comprar (Ap 5.9) e resgatar da nossa vã maneira de viver (At 20.28; 1 Pe 1.18,19), libertando-nos assim da escravidão do pecado (Jo 8.31,32,34,36; Rm 6.16-18), e trazendo-nos a paz (Cl 1.20), porque nos reconciliou com Deus (Rm 5.10; 2 Co 5.18,19), uma vez que nos justificou (Rm 5.9), purificando de todo pecado (1 Jo 1.7), mediante a lavagem no seu sangue (At 22.16), que nos santifica (Hb 13.12), e nos dá a vitória sobre a morte (1 Co 15.54-58), aniquilando a Satanás, que é o que detém o império da morte (Hb 2.14), e é o príncipe deste mundo (Jo 23.31; 14.30) porque mantém os homens sob o seu domínio (At 26.18) pela escravidão do pecado (1 Co 5.1-5).
7º) Para que os homens fossem alcançados pela vitória conquistada por Cristo na cruz do Calvário, seria necessário que eles cressem e aceitassem obedecer as leis do reino (Mt 7.24) que foram proclamadas por Ele, e registradas no Evangelho, cuja síntese foi por Ele pronunciada no sermão da montanha (Mt caps. 5, 6 e 7), no início do seu ministério na Galiléia, quando ensinou que só entrarão no reino e verão a Deus os humildes de espírito (Mt 5.3), e limpos de coração (Mt 5.8); só herdarão a terra, os mansos (Mt 5.5); só serão chamados filhos de Deus, os pacificadores (Mt 5.9); só serão alcançados pela misericórdia, os misericordiosos (Mt 5.7). Ele também esclareceu que os seus discípulos seriam aqueles que têm fome e sede de justiça (Mt 5.6), os quais por causa da justiça, sofreriam perseguição (Mt 5.10) e seriam injuriados (Mt 5.11), e chorariam (Mt 5.4), mas consolou-os assegurando-lhes que eles seriam farto, consolados, receberiam galardões e herdariam o reino dos céus.
A partir da morte de Jesus, o reino de Deus já estaria sendo implantado no coração dos homens que cressem e obedecessem as leis do reino, os quais seriam o sal da terra e a luz do mundo, praticando a justiça (Mt 5.20), cujas diretrizes encontram-se no Evangelho, e tem seus fundamentos doutrinários estabelecidos nas epístolas dos apóstolos (Ef 2.20).
Todos os homens redimidos pelo sacrifício expiatório de Cristo, mediante a fé, fazem parte da Igreja, que é um organismo universal composto de todos os salvos, que constituem o reino invisível de Deus na terra.
Assim, para implantação do seu reino universal sobre a terra, foi necessário todas essas providências da parte de Deus, as quais se cumpriram através da chamada de Abraão; chamada de Moisés para libertação da descendência de Abraão do cativeiro egípcio; conquista da terra de Canaã, onde se localizava Jerusalém, a cidade eleita para a consumação da salvação e estabelecimento do reino; nascimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo; inauguração da Igreja e divulgação dos escritos bíblicos para a convocação dos sacerdotes reais.
Até a morte de Cristo, o Senhor Deus fez concerto exclusivamente com a descendência de Abraão, reinando sobre Israel , através daDispensação da Lei , porque foi para isto que Deus criou Israel: para trazer ao mundo o seu Filho Jesus, para desfazer as obras do diabo (Is 61.1; 1 Jo 3.8b; At 26.18, Cl 1.13), e retomar o governo do mundo (Dn 7.13,14; Ap 11.17,18; 19.5,6; 20.4), a fim de manifestar a sua glória para todas as nações, e instituir o seu reino sobre elas (Dn 2.44; Sl 67.4).
Sob Moisés, o reino de Deus sobre Israel era terrestre , porque dizia respeito a uma herança terrestre: a terra de Canaã.
Sob Jesus, o reino de Deus passou a ser espiritual , porque dizia respeito a uma herança celestial: Sião celeste, a cidade eterna onde os salvos viverão eternamente.
A partir do momento da sua morte expiatória, começava um novo concerto válido para toda a humanidade, isto é todos os que o aceitassem (Hb 5.5-10), os quais, através da Dispensação da Graça teriam o reino de Deus implantado em seus corações, para dar frutos para a vida eterna.
Assim, a sua primeira vinda, há dois mil anos, teve o objetivo principal de consumar o plano de salvação da humanidade, que foi elaborado por Deus, antes da fundação mundo, para a aquisição daqueles que com Ele reinarão no Milênio, e anunciar aos que o rejeitarem, o juízo que descerá sobre a terra contra os transgressores e contra o Anticristo que a governará por sete anos, antes do estabelecimento do reino milenial. 
4 - ESCOLHA

Em Rm 8.29, Paulo nos diz que Deus predestinou os que dantes conheceu.
Este foi o critério adotado por Deus também para a escolha de seus eleitos.
Deus escolheu a Abraão porque o conhecia. A Bíblia diz que Deus conhecia a Abraão, que ele haveria de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardassem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo (Gn 18.19).
Também a Moisés, o Senhor escolheu porque conhecia pelo seu nome (Ex 33.13; 1 Sm 12.6).
Deus nos conhece porque Ele nos sonda (Sl 139.1-4,23,24). Ele nos conheceu antes que fôssemos formados no ventre da nossa mãe (Sl 139.15,16; Jr 1.5).
Deus conhece o coração de todos os homens (1 Rs 8.39). Ele sabe os segredos dos corações (Sl 44.20,21; Sl 69.5).
E porque sabe os segredos dos corações, Ele não escolhe segundo a aparência (1 Sm 16.7). Ele conhece aqueles que o amam (Sl 91.14-16), que o têm no coração, que confiam nEle (Na 1.7). Mas ao ímpio, isto é, aquele que não o tem no coração, e ao soberbo, a Bíblia diz que Deus conhece de longe (Jr 12.2; Sl 138.6), porque Ele é tão puro de olhos, que não pode ver o mal (Hc 1.13)
Deus só dá o Espírito Santo àqueles a quem Ele conhece (compare At 15.8,9 c/Mt 7.22;23). Porque Deus conhece os que são seus, os que se apartam da iniqüidade (2 Tm 2.19). As ovelhas do Senhor ouvem a sua voz e seguem-no (Jo 10.14,16,26,27).
E a estes o Senhor escolheu e nomeou para darem frutos (Jo 15.16). 
5 - CHAMADA
Deus chama aqueles que o amam (Rm 8.28): · para comunhão com Cristo (1 Co 1.9);
· para a santificação (1 Ts 4.3,4,7; Rm 1.6,7; 1 Pe 1.15,16);
A chamada de Deus independe das obras (2 Tm 1.9; Ef 2.8,9) · Chamou pelo nome a Israel e pela graça, os remiu do cativeiro (Ex 33.12,13,16,17; Is 43.1)
Deus chama o pecador ao arrependimento (Mt 9.13; Lc 5.32; Gl 5.8; 1.6). · Para que ele saia das trevas e venha para a luz (1 Pe 2.9)
Deus chama através do Evangelho (2 Ts 2.14).
Deus chama para dar vida : · Chamou a Lázaro do túmulo (Jo 12.17)
Deus chama para uma obra específica :
· Chamou Paulo e Barnabé para que eles levassem o Evangelho à Ásia Menor, à Grécia, à Macedônia e à Roma (At 13.1-4; 16.10);
· Chamou a Bezaleel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e a Aoliabe, filho de Aisameque, da tribo de Dã, para construírem o Tabernáculo com todos os seus vasos e as vestes ministeriais e sacerdotais (Ex 31.2-6).
· Chamou a Samuel para ser profeta e juiz (1 Sm 3.4-14,19-21), e para instituir o reino e ungir os dois primeiros reis de Israel - Saul e Davi (1 Sm 10.1,24; 16.13).
· Chamou a Abraão para fazer dele pai de muitas nações (Is 51.2).
· Jesus chamou os doze apóstolos para que estivessem com Ele, a fim de serem suas testemunhas, e pregassem o Evangelho a todos os povos (Mc 3.13,14; 6.7), e pregassem o Evangelho a todos os povos (Rm 1.1).
Deus nos chama, e Ele mesmo, depois de termos padecido um pouco, nos aperfeiçoa, confirma, fortifica e fortalece ( 1 Pe 5.10; Hb 12.6,11; Fp 4.12,13).
A CHAMADA DE DEUS NEM SEMPRE É ATENDIDA
Deus chamou Israel ao arrependimento, para que deixassem os ídolos e se voltassem para Deus. Mas eles não atenderam, e por isto Deus lançou-os fora da Sua presença, e enviou-os para o cativeiro (Jr 7.13-34), e só os remanescentes serão salvos (Is 10.22; Rm 9.27).
Jesus ao mencionar a parábola dos trabalhadores e a parábola das bodas, em ambas Ele afirmou que "muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos" (Mt 20.16; 22.14).

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